Por este motivo, este texto pode te ajudar a conhecer melhor a uva daquele seu vinho predileto, antes mesmo de virar o néctar dos Deuses! Existem muitas castas de uva, portanto falaremos das mais comerciais e relevantes.
Vamos começar pela que eu mais aprecio, a Pinot Noir: esta sim é uma uva extremamente sensível à condições climáticas, é especialmente usada para produzir vinhos tintos e que raramente se mistura à outro tipo de uva, mais tem um ponto que se explica por que os vinho que são feitos da Pinot noir, são mais caros; é porque é uma uva de difícil cultivo, pois depende de tantas condições, que poderia ficar falando só sobre ela, esta casta de vinho tem aromas de morangos ou framboesa, corpo leve médio e cor vermelha clara. Os melhores exemplos de Pinot noir são da região da Borgonha, na França.
Grenache: esta uva produz um vinho delicioso, frutado, mas com alto teor de álcool e com fundo de pimenta -do-reino, muito cultivadas na França, Austrália e na Califórnia, pra nós aqui no Brasil é uma uva pouco conhecida.
Gamay: Ah esta uva produz o delicioso Beaujolais, esta uva tem muita força comercial e de consumo rápido. A maioria tintos, simples leves, frutados com aromas de peras e framboesa, mais preste atenção existem produção de Beaujolais mais sofisticados que podem ser envelhecidos também.
Chardonnay: Leia se "chardorner", este tipo de uva verde muitíssimo popular por sua simplicidade no cultivo e manutenção, muito usado para fabricação de vinhos brancos na Borgonha. Muito usada nas nossa vinículas do sul do país! Vinho refrescante, corpo leve, deve ser servida por média de 12 à 15 graus, para uma melhor apresentação! Na frança e conhecida como a uva que produz os vinhos do verão.
Gewurztraminer: esta uva é muito cultivada na região da Alsácia na França, mesma região que produz a uva Moscatel, Resling, Pinot Blanc e Pinot Gris. Tem acidez baixa e alto teor alcólico cerca de 13% são vinhos encorpados, picante e pode produzir vinhos doces ou secos mais bastantes frutados, a Alsácia é responsável pela produção de vinhos brancos, somente 10% de vinhos tintos.
Syrah: conhecida aqui como "Shiraz", fortemente produzida na África do Sul e Austrália, esta uva produz um vinho fortes, escuros e encorpados principalmente se for guardados em carvalho, possuem alta concentração de taninos, que precisam quando jovens de guarda no mínimo de 3 anos para se equilibrar.
Carbernet Sauvignon: esta eu diria que é a rainha das uvas tintas, uva de fácil cultivo que se adapta facilmente a vários tipos de solo e clima, só não resiste a temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Tem aromas de frutas vermelhas escura, sabor e corpo forte marcante, casca grossa e muito tanino, quando jovem, precisa de guarda para equilíbrio do tanino. O seu nome já apresenta relatos deste o século XVIII.
Esta uva pode ser apresentada sozinha tipo (varietal) ou em cortes (assemblages), mas neste casos ela dará origem a vinhos bem concentrados e estruturados e com corpo tânico. Seus cortes mais frequentes são com a Sangiovese (uva tradicional da região da Toscana), Tempranillo na Espanha ou a Merlot, Shiraz. Quando digo corte, quer dizer mistura entre uvas para equilíbrio de sabores, pois existem uvas mais fortes e mais sensíveis de sabor, nesta casta se usa a madeira (barrica de carvalho) para favorecer a complexidade aromática.
Sangiovese: é a uva típica do Itália, precisamente da Toscana, na região Emília-Romana. Dizem que era uma uva silvestre, ela é encontrada em outras regiões do país, mas em menor escala. Uva de fácil cultivo, gosta de clima temperados e com poucas chuvas, pele grossa, pode originar vinhos grosseiros e fracos, podendo ser varietal, como os Brunellos e os Chianti da região da Toscana. Seu aroma com notas violeta, tabaco, cereja, tomate, ervas, baunilha, ameixa e pimenta. Aromas terroso, pode ser encorpados como os Brunellos, Corpo pequeno como os Chianti e corpo médio como os Rossos e Nobiles. Se você tiver a oportunidades experimete os vinhos da Toscana, são vinhos bem diferente ao nosso paladar.
Merlot: esta uva é bastante controversa que gerou e gera muita confusão, primeiro porquê não há consenso sobre o seu cultivo, maturação. Hã muita contradição de produtor para produtor, região para região! Eu diria que esta é uma uva com crise de identidade...
Seus aromas primários são groselha negra, jabuticaba e ameixa, mas depois da guarda em barrica de madeira, (não pode ser carvalho, para não perder a elegância da uva) aí surgem: caramelo, baunilha, chocolate, café. Os vinhos são aveludados, redondos bem estruturados, pode se apresentar sozinha (varietal) ou assemblage).
Templanillo: casta hispânica, que tem muito charme e vem chamando a atenção do mundo neste últimos anos, devido a sua praticidade e adaptabilidades aos climas continentais, hoje já cultivadas em lugares distantes da Espanha, como: Austrália, Argentina, África do Sul e Estados unidos. Nos mercados internacionais atualmente é a proposta mais acessível que algumas uvas. Com aromas de ameixas secas, couro velho, noz moscada, baunilha e terra molhada, mas quando fica em barrica de carvalho francês ou americano, surge novos aromas. Em sua maioria apresenta vinhos encorpados e fortes, porém muito aveludados.
Bem, acho que agora, você já sabe um pouquinho mais sobre algumas uvas, mais comerciais no nosso país, agora é só abrir uma garrafa de vinho e degustar pra ver se consegue sentir todo aroma e sabor aqui comentados, aposto que você vai ter um olhar diferente sobre algumas uvas! Então saúde...
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